Os meus amores – o Agapito

O novo membro da família desde Março.
Ainda está a aprender a cantar.
E quando começa, não se cala.
Em especial se estiver alguma máquina a trabalhar ou os cães da vizinhança a ladrar.
Quando o N. lhe pergunta “gostas de estar connosco?”, ele pia.
“Acho que é um sim!” diz o N. satisfeito.

Posso oferecer-lhe…?

Passei a noite a ver as horas passarem no despertador.
Quando finalmente tinha adormecido, o relógio despertou e acordei com uma “telha” do pior. O N. Abraçou-me e levou um “chega p’ra lá”.
Levantei-me a contragosto.
O Xavier miou-me um cumprimento, o Agapito manifestou ter dado pela minha presença cantarolando, o N. Desejou-me um bom dia…e…. eu rosnei em resposta.
O dia correu de mal a pior. Foi um autêntico dia NÃO.
Ia a chegar à paragem do autocarro quando ele partiu ignorando os meus acenos, o chefe enviou-me um mail a atormentar-me assim que me sentei ao computador, o telefone não parou de tocar pelo que não fiz nem metade do que tinha planeado.
Ao fim do dia, o meu humor estava 100 vezes pior do que aquele com que acordei.
Sai do trabalho e, a caminho da paragem de autocarro, junto a uma das inúmeras igrejas/religiões alternativas, uma senhora se aproxima e, quando estava prestes a rosnar-lhe “não me chateie”, ela pergunta-me:
“Posso oferecer-lhe uma flor?”
E estende-me uma tampa de uma garrafa com uma flor dentro.
O primeiro sorriso do dia!
Ainda existe neste planeta um desconhecido que, com um simples gesto, nos faz esquecer as “tretas” do dia-a-dia.
Pena que não a tenha encontrado logo pela manhã!

Os meus amores – a minha sobrinha

O N. adora dizer disparates para ver se a M. percebe os erros.
Por exemplo, (apontando para uma vaca) “olha, é um elefante, não é?”
Desde pequena que ele faz estas brincadeiras com ela.
Quando era pequenita, olhava para mim, a ver se eu confirmava se ele tinha razão ou não.
Depois passou a dizer “não é um elefante, tio, é uma vaca, seu patareco. Pois é, tia?”
Agora explica e argumenta com ele. Como na Feira do Livro. A mãe ofereceu-lhe um livro de “toculantes” (como ela diz) e o N. resolveu baralhá-la uma vez mais.
“Este animal aqui é um porco?”
“Não tio, não vês que são animais da selva?”
“E este aqui, é um cão?”
“Não vês que é um lobo? Está a uivar!”
“Mas os cães também uivam…”
“Sim, mas não ladram!!!”

EPUL… ou melhor EPAL… ou é …IPPAR?

Confesso que já tinha algumas saudades da animação das campanhas políticas. A campanha para as eleições intercalares para a CML parecem-me caminhar a passos largos para o melhor score dos últimos anos ano. E não é só por estarem a concurso 12 candidatos.
Vejamos, temos o Gonçalo da Câmara Pereira que propõe oferecer barcos à vela às crianças da cidade para que estabeleçam laços mais fortes com o Tejo. Sugere também que não se construa mais nenhum aeroporto até estarem esgotadas as capacidades de Lisboa, Porto e…Beja!? Mas é poupadinho, promete gastar só mil euros na campanha. Valha-nos isso!
O Telmo Correia, na linha coerente do partido continua a bater o pé “às salas de chuto” e avança com propostas à alteração da “Lei da Droga”. Será que alguém lhe disse que a candidatura é à CML?
O “Manel” Monteiro, está desgostoso com a lei do financiamento e os 35 mil euros a gastar na campanha vão ser usados com imaginação: a responsável financeira avançou uma iniciativa de louvar, e passo a citar “… A angariação do fundo do PND é muito simples. Tenho isto que preciso de gastar, faço um mail e mando aos militantes. ‘Meninos, preciso de dinheiro, depositem!’” Um partido assim é que é. Um exemplo!
Mas, que me perdoem os outros candidatos, no top das minhas preferências, está Fernando Negrão. O conhecimento aprofundado das matérias, o à-vontade com que alterna entre as siglas EPAL, EPUL, IPPAR…Não há dúvida que o candidato se sente à vontade com as pastas… E como ainda estou a rebolar no chão a rir à gargalhada fico por aqui e não me debruço sobre os restantes 8 cómicos que querem ir montar o circo ali para os lados do Largo do Município.

Frases que ganharam Imortalidade… Na Imprensa


1.Os sete artistas compõem um trio de talento
Manuela Moura Guedes – TVI

2.um surdo-mudo foi morto por um mal entendido
António Sesimbra – O INDEPENDENTE

3.Os nossos leitores nos desculparão por este erro indesculpável
Rui Lima – Jornal “A BOLA”

4.A vítima foi estrangulada a golpes de facão
Ângelo Bálsamo – JORNAL do INCRÍVEL

5.Há muitos redactores que, para quem veio do nada, são muito fieis às suas origens
António Tadeia – Crónicas do “CORREIO da MANHÔ

6. A conferência sobre a prisão de ventre foi seguida de farto almoço
Diário da Universidade de Bragança

7. O acidente provocou forte comoção em toda a região, onde o veículo era bem conhecido
António Bravo – SIC

8. O aumento do desemprego foi de 0 % o mês passado.
Luis Fontes – A CAPITAL

9.Ferido no joelho, ele perdeu a cabeça
Crónicas do Diário da Beira

10.O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas.
Juliana Faria – TV Globo

11.O acidente foi no tristemente célebre Rectângulo das bermudas.
Paulo Aguiar – TV Globo

12.Quatro hectares de trigo foram queimados. Em princípio trata-se de incêndio.
Lídia Moreno – Rádio Voz de Arganil

13.Um morreu e o outro está morto
Manuela Moura Guedes

14.É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos
Jornalista da RTP

Frases que ganharam Imortalidade…


1.Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro em cada ano
Dr. Alves Macedo – oncologia

2.A polícia encontrou no esgoto um tronco que provém, seguramente, de um corpo cortado em pedaços. E tudo indica que este tronco faça parte das pernas encontradas na semana passada.
Agente Paulo Castro – Relações Públicas da P.J.

3.Finalmente, a água corrente foi instalada no cemitério, para satisfação dos habitantes
Presidente da junta da freguesia do fundão

4.Ela contraiu a doença em vida
Dr. Joaquim Infante – Hospital de Santa Maria

5.À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel.
Ribeiro de Jesus – PSP de Faro

6.As circunstâncias da morte do chefe de iluminação permanecem rigorosamente obscuras.
Engº. Paulo Assunção – EDP

7.Os antigos prisioneiros terão assim a alegria do reencontro para reviver os anos de sofrimento.
Maria do Céu Carmo – Psiquiatra

8.A polícia e a justiça são as duas mãos do mesmo braço.
Bento Ferreira – Juiz

9.Antes de apertar o pescoço da mulher até à morte, o velho reformado suicidou-se.
João Cunha – testemunha de crime

10.A China é um país muito grande, habitado por muitos chineses…”
Charles de Gaulle

11.Fumar mata. Quando se morre, perde-se uma parte muito importante da vida
Brooke Shields

Frases que ganharam Imortalidade… No Desporto


1.Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu
Djair, jogador do Belenenses ao chegar a Belém/Restelo no dia que assinou contrato com este clube

2.Nem que eu tivesse dois pulmões alcançava essa bola
Roger,
jogador do Benfica emprestado a um clube brasileiro

3.Em portugal é que é bom. Lá, a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias
Argel, jogador do Benfica

4.Eu disconcordo com o que vocês disse
Derlei, do F. C. Porto, em entrevista ao jornal Record

5.No porto é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar
Deco, ex-jogador do FC Porto, a comentar a hospitalidade do povo da invicta

6.Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho
aquático gramático
César Prates, ex-jogador do Sporting FC

7.O difícil, como vocês sabem, não é fácil
Jardel no seu melhor

8.Haja o que hajar, o porto vai ser campeão
Deco, ex-jogador do FC Porto

9.Se entra na chuva é para se queimar
Denilson – jogador da selecção do Brasil

10.O deco é invendável, inegociável e imprestável
Pinto da costa ao recusar a oferta de um clube espanhol

11.Não tem outra, temos que jogar com essa mesma
Jaime Pacheco, treinador do Boavista FC, ao responder pergunta do repórter, se eles iriam jogar com aquela chuva

12.Querem fazer do Boavista o bode respiratório
Jaime Pacheco, treinador do Boavista FC

13.Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe
Jardel, ex-jogador do Sporting Clube Portugal

14.Juskowiak tem a vantagem de ter duas pernas !
Gabriel Alves

15.Lá vai Paneira no seu estilo inconfundível… (pausa) …
mas não, é Veloso.”
Gabriel Alves

16.O meu coração só tem uma cor: azul e branco.
João Pinto (Antigo Capitão do FCP)

17.Inácio fechou os olhos e olhou para o céu!
Nuno Luz (SIC)

18.Quem corre agora é o Fonseca, mas está parado.
Jorge Perestrelo

19.Nós somos humanos como as pessoas
Nuno Gomes – SLB

O nascimento dos meus meninos (Parte I)

A vida tem destas coisas! (aparte para as restantes picuinhas)
Não é que fui à varanda, assusto os pássaros que costumam cantar todas as manhãs (não acordo ao som do noticiário da TSF, essa é a L.) e… dou de caras com 2 ovos no meu vaso!!!
Arrasto o N. para ver e exclamo entusiasmada “Passarinhos!!! Vamos ser pais!!!”
Claro que o N. explica que daquele tamanho são ovos de pombos e não de “passarinhos”.
Mas nem mesmo assim perco o entusiasmo e “obrigo-o a vasculhar todos os livros que temos sobre aves, em especial sobre o nascimento de pombos (ainda não tenho net em casa).
A tarefa é árdua. Apesar da quantidade de livros que desconhecia ter sobre animais e da banalidade da existência de pombos, parece que ninguém se interessou sobre o nascimento dessa espécie.
No fim, ficamos com a ideia de que o seu nascimento dos “meus pombos” (como os intitulo carinhosa e egoisticamente) poderá demorar entre 3 a 4 semanas, mais coisa menos coisa.
“Será que a pomba regressa? Será que têm frio? E se chove? E se está calor?” – são questões que me coloco, perante o olhar de incredulidade do N.: “enlouqueceu de vez!!!”
Portanto, resolvi manter-vos, atentos e fiéis leitores deste blogue, actualizados com fotos do nascimento e crescimento dos meus meninos. Até breve.

Tirem-me deste… livro!!!

Não sou critica literária, nem pretendo ser. Conheço as minhas limitações.
Mas adoro ler. Quando uma história é interessante e bem escrita, conseguimos mergulhar dentro dela.
No entanto, quando o livro promete, mas o seu conteúdo, depois de espremido, dá três gotinhas… sinto-me defraudada.
Foi o que aconteceu. Andava a namorar um livro na Fnac há que tempos (penso que posso fazer publicidade, a censura ainda não chegou a este blogue). Em épocas de contenção de custos, só dá mesmo para um flirt rápido. Finalmente, na Feira do Livro, e apesar dos quase 15 €, mergulhei de cabeça sem pensar duas vezes. Afinal ia de férias e precisava de um (ou mais) livro que me acompanhasse.
Percebi o meu erro na página 10-11 (mas 2ª e 3ª do relato propriamente dito), quando a autora escreve:

“- Corinne, olha lá em cima, um massai!
– Onde? – pergunto-lhe eu enquanto olho na direcção que ele aponta. Aquela visão atinge-me como um raio. Sentado na amurada do barco está um homem alto, de pele escura, muito belo e exótico, que olha para nós, os únicos brancos a bordo. Meu Deus, como é bonito, penso para comigo, nunca vi homem tão bonito. “(e começa a descrevê-lo em detalhe.)
Um parágrafo mais à frente, continua:
“Daqui por 5 minutos nunca mais verás este homem (…). Sinto um peso no coração ao mesmo tempo que mal consigo respirar. (…) Fico triste e penso naquele massai que já não me sai da cabeça. (… e quando ela menos espera) – Olá! Viramo-nos ao mesmo tempo e o meu coração quase pára: é o meu massai!”

“O quê? Estou a ler bem? Amor à primeira vista? Mas isso não existe! Será que me deram o livro errado com a capa certa?!!?” – foi a minha primeira reacção não querendo matar as expectativas à partida nem parecer preconceituosa face ao amor.
Pensava eu que ia ler um livro de viagens com uma componente etnográfica (suscitada pelo título do livro e uma vez que esta colecção tem por hábito editar bons livros de viagens…).
Bom, resumindo, o livro não tem qualquer tipo de conteúdo ou enredo, não se trata de um livro de viagens e muito menos de uma história com cariz etnográfico (pois a autora revela-se o mais etnocêntrica que existe). É um romance, à boa maneira de uma telenovela ou de uma “Bianca ou Sabrina”, em que a autora fala do massai como “ o meu massai”, “o meu querido” e “o meu homem” em cada parágrafo que escreve (uma coisa que me enerva o tempo todo!).
15 € a menos e 403 páginas depois, só penso “UFFF, terminou!!!”. Sim, porque eu não dei 15 € para ficar a meio. Assim pude ler tudo e posso avisar os incautos leitores com comentários baseados na experiência vivida: não gastem dinheiro porque não vale a pena! Como diz o ditado: “quem avisa, meu amigo é!”.

Sai um barrote para a mesa do canto!

Gosto do mundo da bola. É verdade!

É assim como ir ao cinema ver comédia só que com mais acção! É que no fundo, no fundo, é tudo uma questão perspectiva. Ou seja, eu em vez de ver 22 homens na flor da idade e pujança física (Ok, Ok esqueçam lá o Rui Costa!) a disputarem o esférico (ena, ena, termos técnicos!) olho para a pastagem e vejo 22 marmanjos em cuecas, a guinchar cada vez que um menino da equipa adversária lhes rouba a bola ou lhes prega uma rasteira. Se juntarmos a isto uma turba de gajos de olhos esbugalhados e bocarra escancarada, aos urros, quais vikings contemporâneos, e um senhor muito aprumadinho, impecavelmente vestido de preto, aos saltinhos, a tentar que os meninos se portem bem, temos a mistura ideal para uma série dos Monty Python!
Mas, do que eu gosto mesmo é de ouvir os comentários da Bancada Central (programa da TSF, que até há cerca de 3 meses atrás me animava os finais de tarde na cozinha) ou as considerações politicófilosficósociais dos protagonistas (outro termo técnico) do mundo da Bola. Neste caso conto com a ajuda prestimosa do meu jefe que é um expert na matéria. Sem ele nunca teria tomado conhecimento que no passado dia 20, no jornal a Bola, entrevistado na qualidade de espectador de televisão Jaime Pacheco (para quem não sabe, treinador do Boavista) afirmava ter em casa 4 televisões, uma para cada membro da família (simpático o moço!). No entanto, na TV da sala (espaço sagrado, que como toda a gente sabe, é dedicado à adoração dos símbolos do desporto rei – águias, leões, dragões, cachecóis e barretes de bobo da corte) quem manda é o chefe – ou seja ele próprio.
Nada de especial até aqui.
Sim, quantas de nós não foram já expulsas da sala quando maridos/irmãos/cunhados/amigos se preparam para assistir a um dos famosos derbies (mais um termo técnico, ‘tou a ficar especialista?!) da temporada?
Questionado acerca dos seus interesses televisivos, o treinador preferiu apontar aquilo que não vê: não vê telejornais, porque são “deprimentes” e não consome nem deixa consumir telenovelas porque “são fachadas”, “más influências na vida familiar”, que tornam “as mulheres que as vêem diferentes do que elas eram”. Por acaso até concordamos: telejornais deprimentes porque são 20% circo nacional, 10% desgraça estrangeira e 70% desporto – leia-se futebol; e telenovelas.
Mas, o que eu gostei mesmo foi da associação que o erudito faz entre novelas/mulheres: tornam “as mulheres que as vêem diferentes do que elas eram”.
É, é isso mesmo! É isso e o facto de já poderem votar e saberem ler! É o que dá as modernices. Um dia elas acordam, depois de um episódio da Floribella, olham para o bronco-barrigudo que ronca na almofada ao lado, e que na véspera a trocou por um balde de tremoços e uma grade de minis, e decidem fazer uma lipo-aspiração, ler um livro da Margarida Rebelo Pinto ou acabar o secundário! Há até mesmo mulheres que depois de um episódio mais intenso da Doce Fugitiva decidem trocar o esposo (tome-se como exemplo um adepto boavistense, ornado de bigode farfalhudo e com micose apanhada nos balneários após futebolada dominical) por um Renault Mégane, ou decidem que daquele dia em diante quem passeia o Bóbi é ele! Pasme-se!
Tem toda a razão caro Jaime e já agora ponha-se à coca, não ande a sua mulher a familiarizar-se com a técnica do punch!