25 de Abril sempre…

Numa busca no YouTue encontrei re-encontrei esta música maravilhosa, e a espantosamente simples explicação desses dias. E é bom lembrar que noutras terras além-mar também havia regimes cinzentos e que essa manhã de Abril de 1974 acendeu nos corações irmãos um raio de esperança.

ESSA MÚSICA RETRATA A – REVOLUÇÃO DOS CRAVOS – (recebeu esse nome pois seu símbolo era a flor de cravo) OCORRIDA EM 25 DE ABRIL DE 1974 EM PORTUGAL, ONDE A POPULAÇÃO EM GERAL, PRINCIPALMENTE O PRÓPRIO EXÉRCITO (COMO APARECEM NAS IMAGENS DESSE VÍDEO), SE REVOLTAM CONTRA O DITADOR Salazar (SALAZARISMO) POIS NÃO QUERIAM MAIS LUTAR CONTRA A COLÔNIA PORTUGUESA (ANGOLA).

1º verso: Ele diz que foi bonita a festa da luta dos soldados, e que ainda guarda o cravo que simboliza essa batalha.
Obs: “Pá” é uma expressão portuguesa semelhante ao “Uai” dos Mineiros.

2º verso: Diz que mesmo já tendo acabado a luta, fica a semente revolucionária plantada em todos nós.

3º verso: Sabe que Portugal fica a muitas léguas de distância, mas sabe também que é preciso navegar (lutar) para conquistar aquilo que os portugueses conquistaram.

4º verso: Canta a primavera, o eu-lírico se encontra carente e pede para que mandem algum cheirinho de alecrim.
Obs: O alecrim é uma planta descongestionante, e ele pede por esse planta para ver se consegue descongestionar as narinas do Brasil que se encontra sob ditadura militar.

Amanhã…

Amanhã… amanhã não vou descer a avenida. Tenho pena. Gosto daquela maré de gente a espalhar-se avenida abaixo, gente de braço dado, de cravo ao peito. Amanhã vou pôr um disco do Zeca a tocar bem alto, abrir as janelas e espantar as pombas do telhado com o som da “Grândola”. Amanhã vou sentir de novo as lágrimas contidas, o peito apertado ao lembrar-me de quem partiu, ao lembrar-me de quem chegou. Amanhã vou rever a imagem dos meus pais abraçados a chorar, vou ouvir de novo o som abafado do rádio em surdina, o barulho das tropas a chegar à cidade, e a minha mãe de “caixinha de primeiros socorros” a tratar quem chegava do mato. Amanhã… amanhã vou relembrar os dias cinzentos de quando cheguei a esta terra, e a felicidade imensa de poder encher a boca com a palavra “Liberdade”. Amanhã, vou festejar Abril.

Make love not War

“I was in despair. Deep despair. I drew myself: the representative of an individual in despair, with hands palm outstretched outwards and downwards in the manner of Goyaís peasant before the firing squad. I formalised the drawing into a line and put a circle round it.”
Gerald Holtom

No dia 21 o símbolo da Paz fez 50 anos. O símbolo foi criado em 1958 para a Campaign for Nuclear Disarmament (CDN). O desenho, idealizado por Gerald Holtom, era simples, para ser reproduzido de forma caseira em faixas e cartazes que seriam utilizados na manifestação contra o “Atomic Weapons Research Establishment” na Catedral de Canterburry, Inglaterra. Ironicamente, o símbolo é a sobreposição das letras “N” de nuclear e “D” do alfabeto de sinais com bandeiras militar.

Nos anos 60, com a guerra fria, a guerra no Vietnam, foi adoptado como símbolo da paz. Apareceu nas paredes de Praga durante a invasão soviética, no Muro de Berlim, em Sarajevo, no Fórum Social Mundial, nos protestos contra a invasão do Iraque e Palestina…

O bolor do tempo

Duas semanas há volta disto…há duas semanas que ando às voltas com telefonemas, pesquisas , contactos, negas, marcações…devem andar mesmo ocupados!!! será que os senhores que “mandam” nas empresas da área do ambiente não percebem o que é “trabalho”?? ou acham que se fala deles por obra e graça do espírito santo??e sobretudo sem se visitar as instalações, claro… afinal eles até têm “kits de imprensa” disponíveis, com fotos e tudo …, e nós debitamos apenas o que os senhores querem, sobretudo sem colocar perguntas, sem fazer ondas, pianinho, pianinho… estes ventos das mudanças climáticas trouxeram-me um ligeiro odor a bolor…

Livros da minha vida

Mal de Amores
Angeles Mastretta

“É uma história entretecida na história de um país, de uma guerra, de uma família e de várias vocações desmesuradas: a história de Emilia Sauri e Daniel Cuenca, cujas vidas se ligaram desde a mais tenra infância para atravessarem em sobressalto todas as peripécias da Revolução Mexicana. Com uma mestria inexcedível, Angeles Mastretta oferece-nos o retrato de uma mulher tão frágil como aguerrida, que assoma ao mundo moderno despojando-se dos tabus e dos preconceitos que prendiam as suas antecessoras.

Uma mulher que não só tem de enfrentar os tradicionais problemas domésticos e femininos, como também os combates políticos da vida do seu país. Uma mulher que se vê obrigada a levar uma vida dupla para poder, contra ventos e marés, ser fiel ao seu primeiro amor.”