Pensamento da Semana

“…Nós aceitamos o que queremos ou o que não recusamos. Aceitamos o facto de que haverá sempre pobres à nossa volta, que a pobreza faz parte do destino humano. É precisamente por isso que continuamos a ter pobres à nossa volta. Se acreditássemos firmemente que a pobreza é inaceitável, que não deve ter lugar numa sociedade civilizada, teríamos criado instituições e politicas que constituíssem um mundo livre de pobreza.
Queríamos ir à lua e fomos. Nós conseguimos o que queremos conseguir. Se não estamos a conseguir nada é porque não nos empenhamos o suficiente. Nós criamos o que queremos.
O que queremos e o que conseguimos atingir depende da nossa atitude mental. É extremamente difícil alterar mentalidades quando estão formadas. Criamos o Mundo de acordo com a nossa mentalidade. Temos de inventar maneiras de, continuamente, mudar a nossa perspectiva e, rapidamente, alterar a nossa mentalidade, à medida que surgem novos conhecimentos. É possível reconfigurar o mundo, se reconfigurarmos as nossas mentalidades…”

* Excerto do discurso de Muhammad Yunnus ao receber o Prémio Nobel da Paz

Happy birthday Mr. President

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918 próximo a Umtata, capital da reserva de Transkei, e enquanto estudante de Direito, Mandela envolveu-se na oposição ao regime do apartheid. Juntou-se ao Congresso Nacional Africano (ANC) em 1942.
Após as eleições de 1948, ganhas pelo Partido Nacional apoiante da política de segregação racial, Mandela tornou-se membro activo do CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento que continha o programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Apesar do compromisso com acções não violentas, Mandela e os seus correlegionários aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960) que levou à morte de 69 manifestantes negros desarmados abatidos pelas forças policiais sul-africanas. Esta tomada de posição levou à ilegalidade do CNA e outros grupos anti-apartheid. A partir de 1961 tornou-se comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe (“Lança da Nação”, ou MK), coordenando uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo
Em 1962 Mandela foi capturado (na sequência de informações fornecidas pela CIA ao governo sul-africano), e a 12 de Junho de 1964 foi sentenciado a prisão perpétua. Ao longo dos 26 anos seguintes, tornou-se um símbolo de oposição ao apartheid de tal forma importante que o clamor “Libertem Nelson Mandela” se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos anti-apartheid em todo o mundo. Ainda na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA, que viria a público em 10 de Junho de 1980, em que dizia: “Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!”
Tendo recusado trocar a liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até 11 Fevereiro de 1990, tendo sido libertado por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk devido à campanha do ANC e às pressões internacionais. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, Cargo que ocupou entre Maio de 1994 a Junho de 1999. Foi responsável pelo regime de transição e conquistou o respeito internacional pela sua luta prol da reconciliação interna e externa.
No final do mandato presidencial (em 1999), Nelson Mandela dedicou-se a causas de diferentes organizações sociais e de direitos humanos. Em Novembro de 2006, foi premiado pela Amnistia Internacional com o prémio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento pela liderança na luta pela protecção e promoção dos direitos humanos.

Apresento-vos…


a Carolina!
Parabéns à C. e ao J. pelo contributo para uma maior natalidade em Portugal e por mais uma madeirense na terra!
Sim, porque também existem coisas boas no ilhéu!
Nomeadamente este casal de amigos que me tem levado a passear e a almoçar nas longas semanas que tenho passado na Madeira!