Podemos mudar o mundo

Para a produção de alimentos, abatem-se florestas, aumentam-se as emissões de carbono, populações inteiras perdem a capacidade de produzir os bens essenciais à sua sobrevivência…Hoje produzem-se mais alimentos do que alguma vez ao longo da história da humanidade, mas a fome persiste. O aquecimento global e a fome são dois lados da mesma moeda. Mas nós podemos ajudar, pressionando aqueles que podem mudar o mundo. A voz de Al Gore faz-se ouvir. Fez-se ouvir a propósito do aquecimento global, agora vamos pedir-lhe para falar sobre a fome no mundo. Pode assinar a petição aqui e saber mais acerca da ONG Acción contra el Hambre aqui.

"Não há terra como esta…"

Estive dois dias em Coimbra.
A trabalho, claro!
Sem tempo para passear, as horas de almoço, tinham que ser bem aproveitadas!!!
Comer é uma função sobrevalorizada, a meu ver.
Portanto, consegui hora e meia para conhecer as ruas da cidade de Coimbra.
Fiquei com “água na boca” para conhecer mais, confesso.
Mas fiquei com algumas impressões que partilho convosco:
1 – É realmente a cidade dos estudantes. Pelas ruas encontramos inúmeros estudantes de capa preta e…, não, não são da tuna!!! Trazem mesmo livros e dossiers nas mãos, em vez de instrumentos musicais…
2 – Há uma grande dificuldade em, tirar fotografias porque as linhas de eléctrico são muito baixas (descobri que são mesmo de autocarros e não eléctricos!!!) e ficam sempre no ângulo de focagem.
3 – Existe um emaranhado de ruelas estreitas, mesmo no centro da cidade, com comércio local bastante interessante e pessoas à janela a conversar (tipo Alfama).
4 – Os estudantes cantam mesmo. Jantei no Hotel e ao som do “Não há terra como a nossa…” cantado por um grupo de estudantes que passava na rua. Animaram a minha noite longe de casa!!!
Vou querer voltar!
Grande cidade! Grande país o nosso!!!

Rapidinha no Comboio

Trata-se da chamada “rapidinha culta”!
Tenho aproveitado as últimas semanas e as viagens de comboio para DEVORAR livros!
Ontem, na viagem de Lisboa para Coimbra, li mais um livro da dupla Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira.
A verdade nua e crua de uma realidade e a ingenuidade dos personagens são aspectos desconcertantes.
Deixo-vos um trecho para aliciar:

“… era a regra básica da subserviência, uma questão de sobrevivência (…)
Aristóteles (…) tinha por sina obedecer, já se dava por satisfeito de ser a sombra da sombra de Zapata, já se sentia orgulhoso com a possibilidade de um dia poder vir a ser uma espécie de chefe máximo do pessoal mínimo.”

E mais não revelo. Quem ficar curioso, por favor, leia o livro.
Não se vai arrepender!

Leituras recomendadas

Pepetela é um escritor angolano.
É um dos escritores que aprecio e tenho acompanhado ao longo dos anos.
O último livro dele (na imagem acima), li-o numa viagem do Porto para Lisboa, a bordo do Alfa Pendular.
É a história de exageros e histerias.
Relata chico-espertezas, enganos e desenganos.
Conta duas versões de uma situação.
Consegue, com um excelente exemplo, revelar as sensibilidades humanas e os exageros a que podemos chegar com a histeria do terrorismo.
É surpreendente!
Não podem perder!

Elevador Infernal

Não gosto de elevadores!
Não sou claustrofóbica, mas não gosto de estar fechada num elevador.
Ora, a semana passada estive a dar formação no Porto. No 5 andar.
Num daqueles elevadores com portas duplas. Ambas hermeticamente fechadas!
Mas isso nem foi o pior.
O pior foi a súbita barulheira e rapidez com que o dito elevador subiu (e ao fim do dia desceu!).
Parecia o elevador para o inferno!!!
Foi a ideia que me ocorreu, enquanto me agarrava ao corrimão…
Mas com o passar dos dias a “malta” habitua-se e até já reconforta outros passageiros…

Sotaques!

Tenho andado pelo país a dar formação.
Estive bastante tempo na Madeira (como os assíduos leitores já devem ter reparado) e agora tenho estado no Porto.
Ora, aconteceu-me algo que me surpreendeu verdadeiramente!Almocei com um grupo de formandos que me disse “não é daqui, pois não?”
Ao que respondi “não, sou de Lisboa”
“Ah, percebe-se!” – retribuiram eles
“Como assim?” – indaguei eu
“Pelo sotaque!” – responderam.
“????? Sotaque???? Eu????” – pensei para os meus botões!!!

Ora aqui está um pensamento pouco digno de uma antropóloga!!!
As realidades regionais encontram-se nos pequenos exemplos do dia-a-dia.
E as nossas reacções mais primárias, indignam-se com o Outro e com a Diferença!