…mesmo que seja Inverno

Tenho os pés frios e o coração quente. São efeitos colaterais de dois dedos de conversa e um abraço. Um conversa rápida, um abraço apertado, e um “até já”, mais precisamente. Subo a escada com o fumo do cigarro entranhado no cabelo e gosto. Foram exactamente 4 cigarros e 30 minutos de conversa ao frio numa esplanada recatada. Não souberam a pouco, deixaram antes um travo de satisfação. Gosto disto. Gosto de recuperar as forças depois de uma semana de angústia nos braços de um amigo. Gosto de saber que está por aqui, mesmo que por entre voos ou sms. Sinto-me quentinha por dentro, depois dos “colos” que tive da CC, da MM, da CM e agora do meu H. Olho para trás e vejo nas páginas dos dias de antes que estão sempre lá. Sempre. São as minhas “botijas de água quente”. E, por mais angústias que tenha, e por mais nublados que sejam os dias e teimosas as lágrimas, eles estão lá. Sempre. São o meu quarteto dinâmico, quem me conhece, mesmo quando não tenho palavras, quem me acode mesmo que não peça socorro, quem me estende a mão no instante antes do precipício. São a minha ponte para o lado de lá da tristeza. Sempre. Mesmo que seja Inverno…

2 pensamentos sobre “…mesmo que seja Inverno

Deixe um comentário