Conversas MUUUUUUITO antigas… (25)

3pic: No sábado tenho um casamento mas como é só às quatro e meia acho que dá para me pôr sóbria 🙂 … a CC está fechada com o projecto dos bugs veio aqui há pouco só para saber da migalhinhas
MM: E como é que ela está?
3pic: Dormiu a noite toda, finalmente! ao fim de duas semanas, mas de resto está melhor, queixa-se um bocadinho mas é normal tendo em conta a dimensão do buraco
MM: Pois, coitada, ainda bem, melhor assim, acabou-se a tortura…
3pic: Volta lá na 3ª para ser vista, mas acho que o pior já passou.
MM: Fixe
3pic: … e segunda vai a patanisca novamente ao dermatologista…e quarta vou eu ao dentista …ainda tenho livre a quinta e a sexta para qualquer emergência…’tou a pensar passar uma tarde no médico de família e outra na farmácia, só para manter a coerência dos compromissos
MM: 😀

A Terra pariu Homens…

Angel Boligan, «El Universal»

…e emergiram, lentamente, das entranhas da Terra, (re) nascendo nos braços e lágrimas dos que durante longos dias  (des)esperaram, (re)nasceram nos hinos de um povo com os olhos postos num ponto distante do deserto do Atacama, (re)nasceram perante as câmaras do mundo inteiro fazendo valer o ditado “enquanto há vida, há esperança”. Bienvenidos compañeros!

Rascunhos (XIV)

Rodopio. Olho em volta e rodopio. O anúncio chama por mim, e agora é um aroma (re)conhecido, uma mão que se estende para agarrar outra, uma garça que irrompe pelo céu quebrando a vastidão de azul cinza, a mãe que aconchega o pequeno no pano, os sapatos gastos de um velho e o riso de uma garota. Fecho os olhos e tento concentrar-me. Rodopio. Entre o medo e a esperança, a agonia e a alegria, a música que me faz sossegar e as letras que me despertam, um grito que se prende e o suspiro que escorre sem dar por isso. Abro os olhos e tento não ver. Rodopio. Entre o ontem e o que será, entre o que fui, sou, serei, terei sido e quero ser, mãe, menina, filha, mulher, amante e amada. Rodopio sem parar. Cravo as unhas na palma da mão para sentir mais do que a vertigem que me agonia. As árvores movem-se, estendem os ramos a querer segurar-me a alma, e o vento arrepia-me e transtorna-me os sonhos com um rouco chamamento, a noite caiu por detrás dos meus olhos abertos ao nada, e o coração bate a torto e a direito, sem ritmo ou cadência porque de repente, naquele instante, o mundo inteiro rodopia à minha volta ululando tristezas e memórias.