In myself

“Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.

in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.

Há dias assim…

Não me recordo quando é que a Alice Vieira entrou na minha vida. Lembro-me de ser pequena e de me terem oferecido o “Rosa, minha irmã Rosa”, e de o ter lido e relido vezes sem conta. Umas vezes de enfiada, outras saboreando capítulo a capítulo. Ainda hoje tenho esse exemplar de capa cor de rosa à espera que as minhas meninas cresçam para o poderem ler. Mas o que mais me fascina na Alice Vieira é a maravilhosa capacidade, o inegável talento, de nos falar das coisas simples, das coisas diárias, em tom de poesia ou como se se tratasse de uma maravilhosa história de encantar. Este Natal a MM lembrou-se deste meu gosto e deu-me de presente o “Pézinhos de Coentrada”. Não foram precisas mais de 3 dias para devorar este livro de pequenas histórias publicadas em revistas e jornais nacionais. Algumas já conhecia, outras não. O trecho que aparece em baixo é da minha história preferida. Fala da liberdade, desse liberdade interior que ninguém nem coisa alguma consegue roubar.
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…

Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”

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in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.

Há dias assim…

Não me recordo quando é que a Alice Vieira entrou na minha vida. Lembro-me de ser pequena e de me terem oferecido o “Rosa, minha irmã Rosa”, e de o ter lido e relido vezes sem conta. Umas vezes de enfiada, outras saboreando capítulo a capítulo. Ainda hoje tenho esse exemplar de capa cor de rosa à espera que as minhas meninas cresçam para o poderem ler. Mas o que mais me fascina na Alice Vieira é a maravilhosa capacidade, o inegável talento, de nos falar das coisas simples, das coisas diárias, em tom de poesia ou como se se tratasse de uma maravilhosa história de encantar. Este Natal a MM lembrou-se deste meu gosto e deu-me de presente o “Pézinhos de Coentrada”. Não foram precisas mais de 3 dias para devorar este livro de pequenas histórias publicadas em revistas e jornais nacionais. Algumas já conhecia, outras não. O trecho que aparece em baixo é da minha história preferida. Fala da liberdade, desse liberdade interior que ninguém nem coisa alguma consegue roubar.
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…

Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”

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in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.