Eu que não sou dada a nacionalismos, eu que tenho um coração “às direitas” que bate mais forte ao som da marrabenta ou de mornas, deu-me agora para a paixão pela Mariza. Não sou capaz de a ouvir sem sentir um arrepio espinha abaixo. E de repente vêem-me à memória os festivais de folclore alentejanos quando a minha avó me vestia a preceito… só é pena que a avó fosse do Alentejo e me fizesse usar meias de renda e saias de brocado em pleno Agosto, em vez de me vestir de cores garridas e cobrir de arrecadas douradas…
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Há dias assim…
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…
“Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”
in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.
Há dias assim…
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…
“Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”
in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.