Podia ser um mantra, mas não, é apenas a decisão de alguém que largou a âncora, e as pedras, e os pesos, borda fora. There is nothing to be afraid of … já não há medo, nem papões, gastou-se tudo e de repente, somos livres. Percebo agora o poder dessa grilheta chamada culpa, dessa prisão invisível do dever, e de repente I am free.
liberdade
A Liberdade, explicada aos pequenos
Este ano a história também foi contada assim
25 de Abril
A liberdade
é um menino
de todas as cores.
A liberdade
é um guarda-chuva
a apanhar sol.
A liberdade
é um malmequer
a perfumar a própria sombra.
A liberdade
é uma baía
onde mora a poesia.
A liberdade
é uma andorinha
a desenhar a Primavera.
A liberdade
é ter asas e saber
voar com elas, através das janelas.
A liberdade
é a última coisa
que se pode perder.
José Jorge Letria
E por fim… a Liberdade!
Happy birthday Mr. President
Após as eleições de 1948, ganhas pelo Partido Nacional apoiante da política de segregação racial, Mandela tornou-se membro activo do CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento que continha o programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Apesar do compromisso com acções não violentas, Mandela e os seus correlegionários aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960) que levou à morte de 69 manifestantes negros desarmados abatidos pelas forças policiais sul-africanas. Esta tomada de posição levou à ilegalidade do CNA e outros grupos anti-apartheid. A partir de 1961 tornou-se comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe (“Lança da Nação”, ou MK), coordenando uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo
Em 1962 Mandela foi capturado (na sequência de informações fornecidas pela CIA ao governo sul-africano), e a 12 de Junho de 1964 foi sentenciado a prisão perpétua. Ao longo dos 26 anos seguintes, tornou-se um símbolo de oposição ao apartheid de tal forma importante que o clamor “Libertem Nelson Mandela” se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos anti-apartheid em todo o mundo. Ainda na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA, que viria a público em 10 de Junho de 1980, em que dizia: “Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!”
Tendo recusado trocar a liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até 11 Fevereiro de 1990, tendo sido libertado por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk devido à campanha do ANC e às pressões internacionais. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, Cargo que ocupou entre Maio de 1994 a Junho de 1999. Foi responsável pelo regime de transição e conquistou o respeito internacional pela sua luta prol da reconciliação interna e externa.
No final do mandato presidencial (em 1999), Nelson Mandela dedicou-se a causas de diferentes organizações sociais e de direitos humanos. Em Novembro de 2006, foi premiado pela Amnistia Internacional com o prémio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento pela liderança na luta pela protecção e promoção dos direitos humanos.
Amanhã…
Há dias assim…
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…
“Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”
in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.
Há dias assim…
E hoje sinto-me assim, por detrás de uma janela fechada a ver o dia fugir… Há dias assim…
“Porque qualquer janela serve para voarmos. Para sermos livres. Para imaginarmos outras vidas. Eu posso estar sentada aqui nesta cadeira, a fazer malha, e vocês olham para mim e são capazes de jurar que eu estou ao vosso lado, mas não estou, estou muito longe, a viver outras vidas, a ouvir outras vozes, a sentir outros cheiros, a amar outras pessoas. Por muitos cadeados que as janelas tenham, nenhum cadeado pode impedir os nossos sonhos de nos levarem onde quisermos.”
in “Pezinhos de Coentrada, pequenas histórias”, de Alice Vieira.